domingo, novembro 30, 2008

O homem que não tinha uma opinião [Man Of The World]

Conheci três homens dignos de nota. Três e três apenas. Verdadeiramente notáveis.


O primeiro… Bem, o primeiro era um homem que tinha um sonho. Desde que era puto e comia porcas de alumínio ao pequeno-almoço como se fossem Corn Flakes… Que o seu caminho estava traçado.

Oh, sim – havia de ser O Verdadeiro, aquele mesmo, com a farda.

Oh, sim – ele iria aparecer do nada, mas só durante o tempo fresco [porque o calor adultera o sabor].

Oh, sim – boné charmoso, bigodinho manhoso, sorrisinho duvidoso, e sempre prestimoso...

Oh, sim – ele queria servi-la. Satisfazê-la de todas as formas possíveis e inimagináveis.

Oh, sim – ele iria ser o homem Ferrero Rocher.


Já o segundo também se distinguia da manada, mas não porque tivesse um sonho. Não; enquanto que a maioria da carneirada actualmente tem opinião formada sobre tudo e mais alguma coisa, desde a percentagem correcta de queijo a meter numa tosta mista até à crise de canetas Bic no Paraguai (vide Rogério Alves), este homem não tinha opinião sobre coisíssima nenhuma.

Um homem que ficava sentado ao bar, cara de idiota e boca escancarada, enquanto os amigos bebiam shots de Artic-Vodka-maracujá-com-Martini-Rosso-on-the-rocks-e-uma-pinguinha-de-absinto-e-Licor-Beirão-e-uma-rodelinha-de-limão-e-um-chapéuzinho e se atiravam às raparigas na pista de dança [sim, daquelas que costumam estar nas discos à sexta e sábado à noite, todas iguais – botinhas bicudas de salto alto, vácuo no lugar do cérebro, look superproduzido, estilo-Morangos-meets-Programa-da-Lucy,-mas-não-tão-oferecidas-porque-nisso-ninguém-a-bate,-oh-raínha-do-slutty – e que se compram na loja dos chineses a 0,50€ o molhinho].

O perfeito arquétipo: lia blogs de opinião, via todos os telejornais, mais os suplementos informativos, os debates, e o diabo-a-três, e o imperdível programa da Fátima… Tinha um iPhone com os últimos sucessos do Toy (ainda antes deste ter ido dar com as costas à prisão por conduzir embriagado e em excesso de velocidade, sem mãos) e o último filme baseado numa obra de um qualquer escritor de trazer por casa.

Tinha tudo; todos os indispensáveis gadgets do século XXI, e como tinha tudo, não sentia necessidade de pensar… Vidinha McDonald’s no seu melhor.

Mas um dia, tudo mudou.

Estava eu à porta da Livraria Zé, onde tinha acabado de ir comprar cola para snifar, quando atingi um estado superior de iluminação: “arroz com ketchup é que bate!”

Vai daí, fui apanhar maçãs, porque esta vida são 6 dias, e 5 deles queimei-os a tentar passar o primeiro nível do Metal Slug na PlayStation 2.

Portanto, ali estava eu, pendurado numa macieira a roubar maçãs, e a ouvir a “Breaking The Law” dos Judas Priest, quando um relâmpago atingiu a árvore, e lá fui eu dar de trombas numa carreta que alguém se esquecera de arrumar. Felizmente, a minha queda foi amparada por um Magalhães que estava dentro da carreta…

Lá fui para a biblioteca, com um lenho na cabeça onde podia navegar um porta-aviões, quando começa a chover. Eu desato a correr, e entro na primeira porta aberta, que calhou de ser um mini-mercado. Decido comprar um chocolate, porque a larica não perdoa, e dirijo-me à estante dos chocolates. Lá, encontro O homem a olhar para a estante com cara de urso. Decido pegar num Snickers, e dirijo-me a ele, de barra de Snickers na mão: “Hey, man, estes Snickers é que batem, não é? Ya…”

Dito isto, viro costas, pago o Snickers, e quando já vou a meio do caminho para a biblioteca, reparo que a miúda jeitosa da caixa me deu troco a mais. Apercebo-me que é uma boa deixa para meter conversa [e talvez para me meter dentro das cuequinhas dela], decido ir lá devolver o dinheiro a mais.

Chego lá, a miúda está à porta, cara de caso. Eu: “Então, miúda, deste-me troco a mais. Queres ir até minha casa dar uma trancada?” Vai ela: “Claro, se te puder chamar Pitt ou Clooney.” Como eu não sou esquisito, levo-a para casa.

Acabo o serviço, acendo um cigarro de chocolate, e começo a arranhar a “Lay, Lady, Lay” na minha Strat. Diz ela: “Ya, quem te disse que sabias tocar guitarra enganou-te bem. Ah, a propósito, devíamos ter chamado a polícia ao mini-mercado, porque o gajo com quem estavas a falar na secção dos chocolates suicidou-se com uma tangerina. Não foi bonito de se ver.”

domingo, novembro 23, 2008

Tarantino VS. Kev [New Genious (Brother)]

Um par de brazucas com demasiado tempo livre nas mãos dedicou-se a gravar uma curta-metragem em que explicam uma sua teoria da conspiração (consultar "Tarantino's [Lack Of] Mind").

Teoria essa, segundo a qual Quentin Tarantino será um génio, uma vez que há personagens com o mesmo nome em vários dos seus filmes. Ora, isso indicaria que Tarantino estaria a fazer uma saga super-hyper-mega-ri-fixe[sponsored by: Florimerda], composta pela junção de todos os seus filmes.

Não podiam estar mais errados.


Nos seus diminutos cérebros brasileiros, torrados-pelo-sol-que-nem-torresmos, não passou a explicação mais simples e racional [combo 2 em 1!]: mera coincidência! Tarantino tem simplesmente bloqueios mentais na altura de baptizar personagens. Bloqueio mental esse que desaparece na altura de pôr uma viúva de fato de treino amarelo e katana (não, não é a faca de mato do Rambo. É uma espada de samurai) a limpar o sebo a 88 suited-up-ninjas. Ou um cidadão-afro-americano a recitar passagens desse bestial romance-sci-fi que é a Bíblia imediatamente antes de enfiar um balázio nos cornos do seu alvo. Ganda Tarantino!


Coleguinhas da terriola do samba: querem encontrar uma saga em que as personagens passam MESMO de um filme para outro (trilogias e sexologias [leia-se 6-ologias] à parte – exclua-se a Guerra das Mistelas e o Senhor dos Pastéis)?

Então, o seu a seu dono: …e o título de génio-cinematográfico-por-arrastar-as-personagens-de-uns-filmes-para-os-outros-e-até-para-séries-de-animação vai para… [drum roll] KEVIN SMITH! (a.k.a. Silent Bob)

Sim. Exacto. O Senhor Kevin Smith, pai (e ½) da hilariante dupla Jay e Silent Bob, é o criador do View Askewniverse, uma história onde se entrelaçam diversas personagens, com especial destaque para Jay, Silent Bob, Dante e o impagável Randall.

A não perder: inicie a sua viagem com “Clerks”, passe por “Mallrats”, vire para “Chasing Amy”, vá a fundo até “Dogma”, dê uma volta em “Jay and Silent Bob Strike Back”, abrande em “Clerks II”, e termine com “Clerks: The Animated Séries”, só porque sim.

Um universo para o senhor e para a senhora, para o menino e para a menina.

E com a bênção de Deus [Alanis Morisette].


Snoogins!


Ah, e para o sacaninha que me disse que não curtiu o meu desvairo sobre 30ROCK “porque um labrego de Vila-Real-de-Santo-Eufrásio-de-Cima-o-Velho como eu não é suposto gostar disso”, acorda prá vida, pá. Aqui temos TV Cabo e um Cinemax [obrigado Sandrinha!]. De qualquer modo, também não era para tu gostares.

Como diria o teu amigo Stifler, “suck on that!”.


Snootchie-Butchies!


E agora vou pôr-me nas putas, que nem só de pão vive o homem.

sexta-feira, novembro 21, 2008

Erguei o Champagne [de urinol]

Mineiro-Mor in the house, all the bitches say: 'Tão grande!!!'

Deixei os meus tomates em outras calças, r'ais parta esta m*rda. Já está a gravar?! Tanto tempo, e tão pouco que dizer.
Para começar, tenho três más nóticias: o blog 'O Senhor do Minério' está de volta, não com as reanimações falhados do outro mineiro, nem com as suas tentativas de me copiar, mas com o original e sempre elegante no seu vestido de festa preto, aberto nas costas até ao regueiro, calçado exclusivamente por Cabrita Miguxah, o verdadeiro senhor do minerio, o meu semi-omónio, Eu-Génio D'Andaime:

É urgente o postar.
É urgente um barco de remos no ar.

É urgente destruir certas índividuos,
fernandos, rubertos e serafins,
alguns mitras e afins,
e caralho pros Josés Cidios.

É urgente inventar diarreia verbal,
multiplicar os canhões sem assunto,
nas suas vidinhas de presunto
e manhãs de lepra sem sal.

Cai de costas que eu já te digo,
meu querido leitor.
É urgente o postar, é urgente!,
que certamente és idiota, meu animal!

,e como não duas sem arroz, o duu 'Manel & Marmelo' separam-se de tantos quartos de tour. Ao que parece, o quase-mouco de nostardamos teve um enfarte de deslexia nervosa agravada pela demora na cintura inferna ali na entrada de Vai-Dar-Milho-Aos-Reis. (pois que pois, tinha mais para vos fazer eventualmente rir já estou farto desta m*erda deste post).



Respota à Correspondência do Leitor:

Amélia Gouveia, de Vim-de-lá-debaixo-que-já-Nem-Via-Bem, pergunta:
.Querido Mineiro-Mor, estou imensamente preocupada, porque faz na domingo sexta-feira que o meu marido, no acto do amor, me meteu o dedo do cu, para estímulo sexual do cão que nos via. Estarei grávida?
Mineiro-Mor responde:
.Querida Amélia, é uma questão de perguntar ao seu marido onde andou com o dedo o dia todo e de me dizer a que horas é que ele trabalha para a poder montar com calma, que eu não gosto de interrupções quando estou na cowboiada com a minha mulher.


Miguel 'Ajudante-de-Trolha' Arnaldo, algures no Norte-Interior de Portugal, pergunta:
.Tenho 8 anos e ontem vi as cuecas da Mariana. Podes trazer na volta pra casa um saco de batatas vermelhas e um pacote industrial de papel higiénico?
Mineiro-Mor responde:
.Mas eu sou teu pai?

Miguel 'Ajudante-de-Trolha' Arnaldo, ainda algures no Norte-Interior de Portugal, uma semana depois pergunta:
.És...
Mineiro-Mor responde:
.Ah, bom, mas para a próxima diz à tua mãe que não estenda as cuecas sem as lavar primeiro.


Elzira Badalhoca, de Cabril do Monte pergunta:
.Porque escreves a vermelho?
a) És adorador de satanás?
b) És góticó-depressivo com tendências brioche Outono-Inverno?
b) O rosa-choque não condiz com os teus olhos?
Mineiro-Mor responde:
.Cara Elzira, eu escrevo a vermelho porque a minha mulher não gosta de arroz de cabidela, o que fazer aos excedentes da sua menstruação? Deitar fora é pecado. Sangria, para mim só aquela com à base de tinto de Aí-Que-Se-Me-Arranha-A-Peida. Cuidado com a época de caça.


Conselho do dia: 'Se estar a ler isto, meu amigo, cicuta. ok?'