quarta-feira, março 19, 2008

Google Earth [e afins] - as férias dos pobres [de espírito]

A evolução tecnológica não cessa, e com ela vêm as intermináveis plugins com que podemos upgradar as nossas miseráveis existências.

Um plugin a que eu acho imensa piada (sente-se a ironia que quero transmitir?) é o Google Earth e seus afins, como o recente Live Maps.

Gostava (a sério que gostava) que me explicassem o interesse do comum mortal em observar fotos de satélite. Só para poder ligar ao familiar que mora em Azenha-a-Velha-de-Baixo e mandar uma piada seca, do género “Olha lá, ó anormal, apaga a luz da sala! Pois é, estou a ver a tua casa! Eheheheh…”? Ou para observar praias de nudistas (A.K.A. voyeurismo), caso em que uma personagem de um anime qualquer deveria saltar do monitor, agredir violentamente o indivíduo em causa nas suas partes mais íntimas, e ficar aos saltinhos, a apontar e a gritar “Hentai! Hentai! Hentai!” (“Pervertido! Pervertido! Pervertido!”)… Percebe-se a ideia? Óptimo.

Questões fundamentais à parte (teorias do Big Brother, invasões de privacidade, etc.), não acho que estas aplicações tenham utilidade prática para o indivíduo mediano… Caramba, para ver imagens de países estrangeiros, ligo o DiscoVery-Nice-Channel N.º 5!!!

Bem, para o Zé Manel da Tasca, é capaz de até ser interessante… Pode vigiar se a sua Micas não anda metida com o vizinho… Também deve ser interessante para aqueles que têm medo irracional de viajar de avião (também interpretável como falta de cojones), já que a probabilidade de ir ver ao vivo e a cores um desses países mais longínquos é inferior à de o Cláudio Ramos ser heterossexual (que já de si é nula).

Hmmm… Pensando bem, é o plugin perfeito para aqueles que necessitam de uma ocupação extra para as suas vidinhas tristes…

Se alguém souber de uma boa razão (mas boa mesmo, vá lá…) para alguém passar horas a olhar para um monitor de computador a ver fotos do mundo que está tão perto, ao vivo e a cores, mande s.f.f. um e-mail para get_a_life@i_doesn’t_give_a_rat’s_a**.pt

Façam-se a vida. A sério. Porque é que ainda estão a ler o que um gajo qualquer escreveu no seu tempo livre, para preencher a sua própria vidinha insignificante?

[Já agora, respondam para o endereço acima mencionado…]