Parte II – Tó-Zé Escorador, um Mineiro ao seu serviço!

Isto de ter internete numa mina tem o seu je-ne-sé-quá (não sei o que isto significa, aprendi esta palavra toda catita com um gajo do Algarve, um tal de ZéZé, mas isso já não tem a ver o cú com as calças) de interesse, porque tou aqui debaixo da terra, e estou a escrever onlaine para toda a gente do mundo! Isto surgiu-me porque estava ali noutro dia, já não sei quando, a meter uma viga, e… Atenção: uma viga é um suporte de tectos de minas; não tem duplo sentido, que eu gosto cá pouco de cáfusões, e já disse ao meu primo Toni que não jogo pela equipa dele! O gajo é um pensador, serve bem à mesa e joga básquéte, se é que me percebem. Mas dizia eu que o Toni… Perdão, que estava a meter uma viga e eu tava a pensar, basicamente, na vida. E palpitou-me (palavra gira, “palpitou-me”, aprendi com o tal ZéZé… Ele é um génio, aprende tudo com as camones lá no Algarve) que as gajas, perdão, as donzelas, hoje já não querem gajos com carros nem dinheiro… Querem, basicamente, gajos que tenham um blogue. Então, como o meu BMW não as atrai como moscas ao mel, decidi tentar esta modice dos blogues… Um mineiro como eu… Perdão, eu sou, basicamente, um escorador, que é um gajo que mete vigas a segurar os tectos das minas para que… Enfim, basicamente, um escorador como eu tem de fazer pela vida, e atirar-se às miúdas que nem um cão com cio, que esta vida são 10 anos… Sim, só 10 anitos, e levou com o cabrão do tecto em cima… 10 anitos de… Experiência, pois claro, que isto aqui é uma empresa de respeito, não temos mão-de-obra infantil… Enfim… Sabem como é… Ser mineiro é, basicamente, uma honra, mas não é para meninos, é para homens… Enfim… Agora tenho que fazer o logo-oute, porque senão daqui a bocado o chefe vem aqui e dá-me com uma pá nas trombas por eu tar aqui a escrever em vez de trabalhar. Muito obrigado e boas noites!